Dada a necessidade de ser mais ágeis e econômicas em suas implementações, o desenvolvimento de MVPs se tornou mais comum em agências de e-commerce.
Os projetos, agora, podem ser lançados em menos de 2 meses, por exemplo. Com isso, são elaboradas versões mais enxutas, que já colocam a loja em contato com o cliente com o objetivo de absorver esse feedback e evoluir constantemente.
Contudo, para que isso aconteça, é preciso uma junção de fatores:
- Do lado da agência e das empresas/clientes, estão a capacidade técnica, o comprometimento com prazos e uma mentalidade mais eficiente, menos burocrática;
- Do lado da plataforma, estão a validação daquela tecnologia por outros grandes projetos e a capacidade de suportar essa transformação.
Esse tema foi abordado em nossa live sobre MVP de e-commerce. Você pode conferir a apresentação completa lá no canal da FRN³ no YouTube.
Por aqui, vamos apresentar os cortes desse webinar e os resumos dos principais pontos.
O que é MVP e como se aplica ao e-commerce?
MVP é a sigla para Minimum Viable Product. Sua aplicação no e-commerce tem a ver com a criação de uma loja em uma primeira versão funcional, sem que ela necessariamente esteja carregada com todas as features desejadas lá no começo do projeto.
Trata-se de um piloto que já oferece as condições mínimas necessárias para o cliente ter uma boa experiência de navegação e compra no site, bem como um recebimento e um uso adequado dos produtos comprados.
Na prática, um e-commerce que tem o desejo de implementar a opção de assinatura ou recorrência pode postergar isso para um segundo momento. Começa-se com o modelo tradicional de vendas e, com a resposta do público, as novas funcionalidades são aprimoradas e criadas.
O mesmo vale para as entregas. Por exemplo, se uma loja da cidade de São Paulo teme não conseguir escalar as vendas para outros estados, ela pode começar vendendo só para SP mesmo. Com o tempo, ela expande sua cobertura para outros CEPs.
No fim das contas, o projeto é lançado em menos tempo e ainda gera receita mais cedo.
No vídeo abaixo, você confere a explicação em outras palavras:
Como a VTEX pode agilizar o lançamento de projetos em MVP?
O papel da plataforma é oferecer as condições necessárias para que cliente e agência tenham previsibilidade, suporte e escalabilidade.
A previsibilidade tem a ver com o cumprimento de requisitos mínimos para criar o MVP. Trata-se de não ser surpreendido com limitações e novas burocracias. Por isso, vale levantar algumas questões importantes, como:
- A plataforma tem integrações nativas com as transportadoras, sistemas de gestão e gateways de pagamento que um determinado projeto precisa?
- Ela pode cumprir com as regras de negócio desse e-commerce, como exclusão de áreas de entrega e clusterização de clientes?
- Ela já está validada em outros clientes de portes e mercados semelhantes a esse novo projeto?
O suporte está relacionado com a autonomia, a segurança e a inteligência que a plataforma gera para quem desenvolve a loja.
Na VTEX, por exemplo, há uma vasta documentação disponível para consulta, um fórum onde agências, clientes e funcionários da plataforma trocam ajudas, uma arquitetura toda baseada em APIs abertas, o que facilita demais a integração dos seus módulos com outras aplicações… Enfim, há todo um ecossistema preparado para não gerar muita dependência entre as partes.
Por fim, a escalabilidade vem para garantir que a evolução da loja vai acontecer. Como o princípio do MVP é fazer o projeto ganhar corpo depois do seu lançamento, é preciso haver uma estrutura elástica.
O cliente não pode ser prejudicado com uma queda ou interrupção nos serviços só porque atingiu um determinado pico de acessos.
Além da elasticidade, vale ressaltar a importância dos microsserviços. Com eles, cada deploy feito na plataforma não afeta todos os módulos, mas sim aquele que é requisitado, gerando mais segurança e velocidade de evolução.
A explicação em vídeo para isso você vê no corte abaixo:
Case Kimberly-Clark e FRN³: MVP aplicado ao e-commerce
Aqui, vamos economizar palavras porque temos um texto explicando direitinho o projeto de KCC: o EssencialPraVC.
Ainda assim, vale trazer um resumo. Esse e-commerce teve um go-live de aproximadamente 3 semanas após o início do projeto. Foi um dos lançamentos mais rápidos que fizemos aqui na FRN³ — e isso no começo da pandemia aqui no Brasil.
Além disso, ainda teve o detalhe de ser um projeto de e-commerce para a indústria. Para a Kimberly-Clark, esse MVP foi a maneira encontrada de inovar ao começar a testar a venda direta ao consumidor final — superando o desafio de quebrar a cadeia de valor tradicional.
A FRN³ também apoiou a KCC com o cadastro de produtos, a configuração da plataforma e com um layout baseado em nossa loja conceito, um modelo desenvolvido por nós ao longo de 8 anos de experiência em VTEX que conta com as funcionalidades mais requisitadas e necessárias para subir um e-commerce.
No vídeo abaixo, você confere mais detalhes sobre o projeto:
Os riscos de interromper a evolução de um e-commerce em MVP
A fase de sustentação de um projeto é tão relevante quanto a sua implantação. Ela, agora, traz o risco da interrupção do processo evolutivo, aquele que incluiria as funcionalidades desejadas, mas que não eram necessárias na versão piloto da loja.
Caso o cliente opte por descontinuar essa fase, ele não necessariamente corre riscos de perder em faturamento a curto prazo. Entretanto, as chances de a loja ficar mais defasada em termos de funcionalidades são maiores.
Portanto, o mais importante aqui é a reavaliação do seu plano estratégico com as seguintes reflexões:
- Será que aquelas features que foram pensadas para uma atualização daquele e-commerce serão realmente necessárias?
- As respostas que o MVP trouxe invalidaram essas novidades?
- Será que coisas que nem foram projetadas lá no começo vão precisar ser implementadas, mas isso vai acarretar custos extras?
Enfim, tudo isso deve ser colocado na mesa. Falamos sobre esse dilema no corte abaixo:
Quando falamos em MVP de e-commerce, não pense que a velocidade ou a economia de grana tenham, por si sós, alto valor para o projeto.
Devemos aliar isso com a vontade de estudar os primeiros resultados da loja, aprender com os possíveis erros e testar novidades.
Só assim veremos evolução constante e um e-commerce que cresce com menos desperdício, de modo mais racional.
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